quinta-feira, 16 de janeiro de 2014



parte 3

Nos dias de hoje, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. Há alguns anos, não muito distantes, bastava que a pessoa soubesse assinar o nome, porque dela, só interessava o voto. Hoje, saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É preciso ser capaz de não apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.
Afinal, o que falta a uma pessoa que sabe ler e escrever? Por que muitos terminam a Educação Básica e não conseguem entender uma bula de remédio ou redigir uma simples carta?
A preocupação com o analfabetismo funcional levou os pesquisadores ao conceito de “letramento” em lugar de “alfabetização”. O conceito de alfabetização tornou-se insatisfatório.
Assim, nas sociedades letradas, ser alfabetizado é insuficiente para vivenciar plenamente a cultura escrita e responder às demandas da sociedade. Mas, o que é letramento? Letrar é melhor que alfabetizar? O que é uma pessoa letrada? Quais as diferenças entre alfabetizar e letrar? Quando se pode dizer que uma criança ou um adulto estão alfabetizados? Quando se pode dizer que estão letrados? É possível alfabetizar letrando?
Estaremos discutindo, então, os conceitos de letramento e alfabetização. Atrelada a esses dois conceitos, abordaremos a importância de o professor incentivar a leitura e a escrita de diferentes gêneros textuais, a fim de que forme verdadeiros leitores e escritores.
 http://www.filologia.org.br/ixsenefil/anais/17.htm
Alfabetização é o ato de tornar o indivíduo capaz de adentrar o mundo da leitura e da escrita, assim como o letramento. A diferença é que a alfabetização é um processo pontual, que tem um início e um fim. A pessoa se torna alfabetizada ou continua analfabeta. Já o letramento, é construído pelas experiências do dia-a-dia. É um processo contínuo no qual o indivíduo se habitua a interpretar situações diversas e compreender os seus significados. É pautado nas competências e habilidades para lidar com situações diversas de uso da língua. Mesmo pessoas alfabetizadas podem ter dificuldades em lidar com situações de linguagem que aparecem no dia-a-dia por não ter, ainda, adquirido tal competência.
Na realidade hoje é necessário que as duas se completem.
Nem todo letrado é alfabetizado. Uma criança difere uma garrafa de coca cola de fanta pelo rotulo, cor formato e nem sempre por que sabe ler.
O conjunto fará com que a construção do conhecimento aconteça de maneira mais eficaz.